sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Estudantes do ITA desenvolvem aplicativos educativos

Programas já estão disponíveis para download. Criadores do melhor app visitarão o renomado MIT, nos Estados Unidos, em janeiro
 
Nathalia Goulart
Aramumo, aplicativo educativo desenvolvido por estudantes do ITA
Aramumo, aplicativo educativo desenvolvido por estudantes do ITA (Reprodução)
Encontrar aplicativos educativos em português para smartphones e tablets é um desafio para pais e professores – a maioria dos produtos ainda está disponível apenas em inglês. Para ajudar a mudar esse cenário, estudantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) receberam um desafio: criar jogos voltados ao público brasileiro que estimulem o conhecimento e, de quebra, ajudem a identificar transtornos de aprendizagem. Três grupos participaram da competição: os vencedores embarcam em janeiro para uma visita ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
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A inciativa é do Instituto ABCD, que ajuda na identificação e tratamento de distúrbios de aprendizagem como dislexia, discalculia e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). O desafio de criar os apps foi proposto ao grupo ITAbits, formado por alunos da instituição de São José dos Campos; em cinco meses, três projetos finalizados foram apresentados. Para a produção dos programas, o iABCD ofereceu aos estudantes supervisão técnica devido à pouca familiaridade dos estudantes com assuntos pedagógicos. Mônica Weinstein, presidente do instituto, celebra o resultado. "Foi muito bom ver jovens tão talentosos engajados em trabalhar pela educação."
Éric Conrado e mais dois colegas, Márcio Paiva e Vitor Gonçalves, todos alunos do 2º ano de engenharia da computação, venceram o desafio e receberam nesta quarta-feira as passagens rumo aos famosos laboratórios do MIT. "Eu nunca havia experimentado unir tecnologia e educação e foi muito gratificante ver que o nosso trabalho deu certo. Daqui para frente, quero continuar nessa área", diz o jovem. Da viagem, o grupo pretende trazer muito conhecimento na bagagem. "Vamos visitar centros de excelência e queremos absorver toda a informação que conseguirmos."
O aplicativo desenvolvido por Éric, Márcio e Vitor foi batizado Aramumo e funciona como uma espécie de palavras cruzadas. Ao invés de completar as lacunas com letras, as crianças devem preenchê-los com sílabas até formar a palavra. As sílabas que vão formar o jogo ficam flutuando em bolhas espalhadas pela tela. "Nosso aplicativo ajuda no desenvolvimento e treinamento de ao menos quatro habilidades: separação silábica, ortografia, reconhecimento e memorização de sons e coordenação motora", explica Éric.
A Aramumo já está disponível para downlond em aparelhos que utilizam a plataforma Android, do Google, juntamente com os outros dois aplicativos que participaram da competição. O jogo Mimosa e o mundo das cores explora a memória de palavras em um quebra-cabeças. E o Arqueiro defensor envolve a associação de palavras pronunciadas a sua ortografia. Todos foram testados por crianças que passam por tratamento de transtorno de aprendizagem no Centro de Triagem Neonatal e Estimulação Neurossensorial Dr. Tatuya Kawakami (CTNEN), em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo.

Fonte: veja

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